Toda a região testemunha a presença do homem desde os tempos mais remotos da sua existência, pois os vestígios arqueológicos, desde o paleolítico até ao tempo atual, comprovam a continuidade da permanência dos ocupantes ao longo das épocas, como por exemplo o menir da meada, a necrópole megalítica dos coureleiros, as construções de falsa cúpula e várias antas.
O património arquitetónico de Castelo de Vide é de uma grande riqueza, é a expressão de uma história plena de vicissitudes, permanecendo vivos os sinais de diferentes ocupações. Merecem destaque o burgo medieval, o castelo, o forte de S. Roque, as muralhas que envolvem a vila, a judiaria, a sinagoga medieval e as portas e janelas ogivais dos séculos XIV a XVI. Para além de constituir uma forte atracão turística, o património arquitetónico de Castelo de Vide constitui um elemento de referência na identidade territorial dos seus habitantes. A população residente é de 4144 habitantes, e a economia local assenta principalmente no turismo.
O solo é caracterizado por rochas do complexo xisto-grauváquico ante-ordovícico, envoltas por granitos hericínios de Nisa a este e a norte e granitos tecnonizados de Portalegre a sul. Apresenta um relevo variável sendo a parte sul caracterizada por várias elevações, tendo a mais alta 762m de altitude, enquanto que para norte, na área do complexo xisto-grauváquico, o terreno torna-se mais plano com cotas entre os 290 a 320m.
Relativamente à fauna e à flora, a diversidade das condições ecológicas aponta para a presença de numerosas comunidades de animais. Aves consideradas raras, como a águia-de-bonelli e o grifo, repartem o território com gaviões, águias cobreiras, peneireiros-cinzentos, milhafres e tartaranhões, havendo ainda a assinalar a presença do bufo-real e da coruja-do-mato. Para além das aves de presa, é de notar a presença da cegonha-negra em Castelo de Vide, enquanto um numeroso grupo de passeriformes povoa os recantos serranos. No seu conjunto, as espécies referenciadas representam mais de metade das dadas como nidificantes no país.
Dos mamíferos, o javali e o veado encontram-se em expansão, sendo o texugo, o toirão, o saca-rabos, o geneta, o gato-bravo, a conhecida raposa e o vulgar coelho, animais mais comuns.
Numa região em que a expressão mediterrânica é manifesta, a presença de carvalhais e castinçais conferem a este Alentejo um sabor de paragens setentrionais, ambas vivem em paredes meias com sobreiros, azinheiras, oliveiras e todo um cortejo de espécies silvestres, algumas das quais raras.
As linhas de água sazonais são abundantes e as principais ribeiras (S. João, da Vide e de Nisa) irrigam os campos fazendo com que algumas zonas apresentem bons níveis de humidade durante a maior parte do ano, facto que permite o cultivo de várias espécies hortícolas e a existência de boas zonas de pastagens.
No subsolo encontram-se várias jazidas de cobre, ferro, chumbo, volfrâmio. A qualidade dos seus níveis freáticos permitem o aparecimento de muitas nascentes por todo o Concelho, destacando-se as propriedades das águas minero-medicinais (Vitalis e Castelo de Vide) exploradas mais a sul na zona de granitos, constituíndo um importante recurso industrial.
(Fonte : website do Municipio de Castelo de Vide)
Para mais informações consulte http://www.castelodevide.pt/turismo/pt/